Roda de Pares
Rancho Folclórico da Luz

O Projeto

O Rancho Folclórico da Luz nasce em 1963 na Casa do Povo pela mão de Otílio Dourado.
Em Maio de 1966, depois de um exaustivo trabalho de recolhas de trajes antigos, danças, cantigas de trabalho e bailaricos nas eiras e festas tradicionais, pesquisas em documentos antigos e testemunhos das pessoas mais idosas da região, o Rancho foi reorganizado pelo seu fundador de colaboração com Jorge Bento que assumiu o cargo de ensaiador enquanto viveu. Em Julho de 1971,o Rancho tenta a independência da Casa do Povo, sendo proibido de actuar, de usar o nome da Luz de Tavira recebendo ordem de extinção dada pelo Delegado do Instituto do Trabalho de Faro, na altura.
Com a ajuda de várias pessoas, o Rancho albergou-se na vizinha povoação da Fuzeta, onde permanece durante 6 anos, agregado ao Sport Lisboa e Fuzeta.
Em Setembro de 1978, após o 25 de Abril, por diligência do Presidente da Junta de Freguesia da Luz, Presidente da Câmara de Tavira, Vereadores e população local, o Rancho volta à sua verdadeira freguesia e independência e retoma o nome de Rancho Folclórico da Luz.

Conheça melhor o projeto em:  http://ranchofolcloricodaluz.webnode.pt/


Descrição da dança

No início do Século XX, quando não havia trabalho no Algarve, grupos de pessoas partiam para o Alentejo, para trabalhar nas mondas e ceifas. No final dos dias de trabalho, juntavam-se para tocar e dançar. Por lá ficaram bailes de roda algarvios e até mesmo corridinhos e trouxeram-se outros de várias regiões do país. O Fado de Espinho é uma música recolhida na Freguesia da Luz, com origem do Ribatejo.

A formação aqui apresentada é de roda de pares, pares com abraço fechado.
A dança é composta por 3 partes (AABBCC...). Na parte A, os pares deslocam-se no sentido anti-horário, primeiro com 3 apoios e um cruzar no ar (o pé no ar cruza sobre a perna em apoio) antes de apoiar o pé no chão, seguido de três apoios diretos. No último apoio os pares mudam a direção na roda, sem abrir o abraço, repetindo os mesmos passos no sentido horário. Na parte B, os pares dançam no lugar com 2 passos simples, abre - fecha, e avançam no sentido horário com três apoios: aqui a mulher fica no lado direito do homem, sempre de abraço fechado. Esta parte termina com os pares a avançarem no sentido anti-horário com 3 apoios, um pequeno pulo e mais 2 apoios. A parte C é composta pelo rodopiar em par que é familiar no corridinho, em que os pares rodam e marcam os tempos com sapateado, primeiro no sentido horário e depois no anti-horário.

Informante: Ângelo Gonçalves do Rancho Folclórico da Luz (de Tavira)