Chamarrita do meio
Baile mandado
Com Manuel Canarinho, José Canarinho, Jorge Canarinho, Aurora Silva, João Alves, Décio Leal (tocadores); Rui Fontes, Norberta Fontes, João Alemão, Fátima Leal, Hélder Pimentel, Lucília Pimentel, Manuel Humberto Sousa, Humberta Silva, Rui Rosa, Elmira Rosa, José Porto, Lipoldina Porto, Valter Silva, Inês Pimentel, André Brum e Márcia Vargas (bailadores).
O ProjetoAs chamarritas estão presentes em todo o arquipélago dos Açores. Na ilha do Pico, entre outras, são práticas vivas, inseridas muitas vezes num programa de festas.
No seu contexto contemporâneo, as chamarritas não têm grupos de músicos ou de bailadores - é a reunião de indivíduos que gostam de bailar ou de tocar que garante o sucesso de um baile.
Este vídeo provém de recolhas do Tiago Pereira quando realizou o filme
Não me importava morrer se houvesse guitarras no Céu.
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Chamarrita do meio
Descrição da dançaEste vídeo foi filmado na Ilha do Pico, na Piedade, onde o baile é mandado com poucas pausas, ou seja, o mandador, inserido na roda, não pára de anunciar os movimentos a efectuar pelos bailadores (mudança é o termo usado no Pico em referência às figuras anunciadas).
Baseado num processo de improvisação das mudanças e de aprendizagem do significado de cada uma delas, este baile integra uma organização em roda e em par assim como trajectos diferenciados entre homens e mulheres. O passo de base é circular e é realizado a partir de uma deslocação frente e trás.
Exemplo de uma sequência de mudanças: Ajusta ao centro, Meia volta, Fica e fecha, Salta já, Torn'a fechar, 'Tá a saltar, Tranceia, Sempre de roda, Faz cadeia, Ao centro...
Um baile de chamarritas acaba com a expressão “Olha o Pico”, dita por um tocador ou pelo mandador.
Detalhes
Realização
Tiago Pereira
Som
Sara Morais
Filmado em
Piedade (Lages do Pico, Ilha do Pico – Açores), a 25-03-2012
Data da publicação
04-12-2012